Originária da quadra popular portuguesa, encontrou campo fértil no Brasil, mas, só depois de 1950 começou a ser estudada e difundida literariamente.
A simplicidade da trova nos convida à sua composição, e o sentido completo de seus quatro versos é um desafio ao nosso poder de síntese.
É o mais curto poema que apresenta todos os requisitos básicos e de métrica.
Apresenta invariavelmente quatro versos da mesma medida, isto é: quatro linhas melódicas de sete sons, rimando o 1º com o 3º verso e o 2º com o 4º e que tenham sentido completo.
A trova também se chama quadra ou quadrinha. Porém esta sinonímia não é perfeita, uma vez que as regras rígidas da trova não se fazem necessariamente na quadra.
Há a necessidade de se diferenciar a trova da quadra que compõe um poema maior, vez que a trova se completa em si, sem aceitar mais nenhuma estrofe.
"O poeta é um fingidor,
finge tão completamente,
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente."
(Fernando Pessoa)
"Os remos batem nas águas:
têm de ferir para andar.
As águas vão consentindo
- esse é o destino do mar."
(Cecília Meireles)
"Teu sorriso é um jardineiro,
meu coração é um jardim.
Saudade! Imenso canteiro
que eu trago dentro de mim."
(Mário de Andrade)
Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a Trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a Trova e o Trovador são imortais.
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