Thursday, August 7, 2008

Educação Sexual - Quando iniciar?



Ela deve começar cedo. As crianças estão mais sabidas e têm acesso a toda sorte de informações sexuais.

A curiosidade é natural. Saber como as pessoas enfrentam certas situações pode apontar uma luz, trazer conhecimento, aumentar o repertório pessoal e fazer refletir. É natural, portanto, que as crianças demonstrem curiosidade e procurem esclarecer as dúvidas com as pessoas em quem mais confiam: o pai e a mãe. Logo, não dá para escapar: mais dia, menos dia, o assunto entrará em pauta.Não existe idade certa, e sim o momento adequado para falar de sexo com os filhos.

A conversa deve acontecer sempre que surgir uma oportunidade. Diante da televisão, por exemplo. É comum a criança correr pela sala enquanto os pais vêem a novela até que aparece uma cena de sexo e ela pára diante do aparelho. É a hora de a mãe e o pai dizerem que aquilo é natural entre gente grande. Não podem simplesmente mudar de canal. Essa censura não funciona.

A repressão não é o melhor caminho. Se um garoto de 3 anos fica se encostando nos cantos
da mesa e diz que é gostoso e a menina não tira a mãos dos genitais, primeiro é preciso verificar se não existe algum problema físico. Pode ser uma irritação causada por inflamação ou uma infecção. Dizer “não faça isso” não resolve. A energia terá de buscar outro campo e podem surgir alguns distúrbios.

“Meu filho não se abre comigo” é uma queixa comum dos pais fechados. Sem perceber, eles fogem de determinados assuntos e esperam que os filhos os procurem para conversar com eles a respeito. O clima de confiança precisa ser estabelecido desde cedo.

Um garoto de 9 anos perguntou à mãe como era uma camisinha feminina. “Não sei”, ela respondeu, “deve ser como a masculina”, e deu o assunto por encerrado.


As campanhas que recomendam o uso de camisinha visam apenas aos homens. Não mencionam a camisinha feminina. O garoto ouvir falar dela, sentiu curiosidade e resolveu perguntar à mãe. Surpresa, ela optou pela saída mais fácil, porém incorreta. Existem diferenças entre os dois preservativos. Enquanto a do homem envolve por fora, a da mulher envolve por dentro. Embora tenham vida sexual, muitas mães talvez não saibam dessa novidade. Mas os jovens já estão sabendo...

Nesse caso, seria melhor admitir o desconhecimento: “Não sei, nunca vi uma”. E se comprometer a pesquisar. “Vou me informar e a gente aprende junto”. Pai e mãe não são obrigados a saber tudo. Mas não podem deixar passar uma dúvida em aberto. Estão comprometidos a ensinar, que é um gesto de amor. E daí surge a intimidade. Mais tarde, a primeira pessoa que o filho procura é a mãe (ou o pai), que sempre acompanhou cada fase de seu crescimento.

Na educação sexual o importante é responder especificamente o que se pergunta.


Em geral, o constrangimento da postura de protetor é tamanho que o pai ou a mãe resolvem dar uma aula de camisinha. Contam a história do preservativo. E têm a sensação de alívio pela missão cumprida. Mas precisam perceber se atenderam à necessidade da pergunta. Quase sempre o que a criança que saber é o sentido prático: para que serve. Se estiver satisfeita, ela pára de perguntar. Tirar o foco da pergunta só aumenta a curiosidade infantil.

Se a criança fosse um carro de corrida, cada vez que ela chega junto do pai, ou da mãe, é como se fizesse um pit-stop. Se a parada é satisfatória, ela segue na corrida; caso contrário, já na próxima volta terá de parar, até estacionar completamente. Portanto, é melhor das a resposta de que ela precisa. Mesmo porque ela pode fazer o pit-stop com outras pessoas.

É bom dar uma explicação científica sobre sexo? Depende. As pessoas se escondem muito atrás da ciência do sexo. Usam palavras incompreensíveis, mas ficam felizes por falar, embora a criança nem sempre fique feliz ao ouvir. Nesse caso, o risco é que o pequeno procure a resposta em outra fonte, passando a não perguntar mais nada.

Fonte: Içami Tiba – Quem ama, educa!


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